julho 31, 2009

Porto Seguro: Trilha da Costa do Descobrimento

Porto Seguro: Trilha da Costa do Descobrimento

A trilha da Costa do Descobrimento (trecho Ponta do Corumbau-Guaiú) começa na cidade de Prado e se prolonga até a cidade de Belmonte, na foz do rio Jequitinhonha, numa extensão de aproximadamente 180km. Próximo à foz do rio Caí, a 42km ao norte da sede municipal de Prado, localiza-se a região da qual as caravelas portuguesas se aproximaram pela primeira vez das novas terras.

Este roteiro descreve o trajeto entre a Ponta do Corumbau, no município de Porto Seguro, e o povoado de Guaiú, no município de Santa Cruz Cabrália, ambos no Estado da Bahia. O trecho possui, em cerca de 93km de extensão, um exuberante litoral; apesar das áreas urbanas junto à orla, apresenta praias intocadas, além de desembocaduras de rios, significativos sítios geológicos e uma flora diversificada.Santa Cruz Cabralia

A Ponta do Corumbau é constituída por areias litorâneas, que, durante a maré baixa, apresentam uma exposição de mais de 1km. Na língua tupi, há duas versões para o significado de Corumbau: ou longe de tudo ou fim do mundo.

A travessia do rio Corumbau é feita por canoa, que pode ser alugada no povoado. Desse ponto até o rio Caraíva são 12 km. Nesse trecho fica a praia do Parque Nacional do Monte Pascoal e a área indígena de Barra Velha. Na faixa de restinga existe uma grande e interessante variedade de plantas.

É possível atravessar de barco o rio Caraíva, na sua foz. Porém, o mais seguro é caminhar em direção ao povoado homônimo e cruzar o rio a cerca de 400m a montante de sua foz, onde crianças índias vendem colares de contas e peças de artesanato. Já na outra margem o retorno à praia atravessa um trecho de mangue.

A próxima praia é a de Juacema. Seguindo em frente, passa-se pelo rio Coruípe, que tem 8 metros de largura. Na área de sua foz há recifes que avançam mar adentro, formando lagos de beleza singular.

Passando a Ponta do Toque-Toque, depara-se com o imenso coqueiral da fazenda Jarumã, ponto de referência da região. Mais uma hora de caminhada e chega-se ao rio dos Frades. A próxima atração é a praia de Itaquena, que chama a atenção dos visitantes pelas bromélias ali encontradas.

A proximidade de Trancoso se revela pelo intenso movimento na praia, com pousadas e bares a poucos metros do mar. O povoado merece uma visita. Ali estão conservadas as primeiras construções, como a Igreja de São João, erguida pelos jesuítas em 1656.

Na praia da Barra o cenário é deslumbrante. Mais adiante, aparecem as falésias de idade terciária (65 milhões de anos antes do presente). A partir de Taípe, até Pitinga, a falésia está bem próxima da faixa de areia. Para cruzar de uma praia a outra, passa-se por blocos soltos de argila. Não faz muito tempo, uma das atrações desse trecho era a Lagoa Azul, que secou.

Entre as praias de Pitinga e Coroa Vermelha é possível observar, na maré baixa, corpos de arenito que afloram a cerca de 50 metros da linha de praia. Em Pitinga também há afloramentos que Klein (1999) considerou como rochas vulcânicas. Essas rochas mostram tubos pequenos e túneis com até 70cm de diâmetro, muito bem preservados e estão intercaladas nos sedimentos do grupo Barreiras, o que permite estimar que teriam idade entre o Terciário superior (cerca de 20 milhões de anos) e o Pleistoceno (2 milhões de anos).

A praia de Mucugê tem mar calmo, devido aos recifes que bloqueiam as ondas e que, nas marés baixas, formam piscinas naturais.

O povoado de Arraial D'Ajuda, fundado pelos jesuítas em 1549, merece uma visita. Depois das tranqüilas praias de Araçaípe e Apaga Fogo, chega-se ao porto, às margens do rio Buranhém, onde balsas fazem a travessia até Porto Seguro.Porto Seguro Bahia

No rio Buranhém, vale a pena um passeio náutico pelos seus meandros e pelo canal para apreciar o contexto ecológico (a vegetação ao longo de suas margens, as falésias, as áreas alagadas e os pequenos sítios à beira do rio).

Em Porto Seguro o desembarque é na Praça dos Pataxós. É recomendável uma visita à Cidade Alta, lugar importante para quem quer reviver a época do Descobrimento. Lá estão, por exemplo, o Marco de Posse (1503), a Igreja de Nossa Senhora da Pena (1535) e a Casa de Câmara e Cadeia (1772).

De Porto Seguro até Santa Cruz Cabrália são 22km de rodovia pavimentada, em área urbana, ao longo da orla marítima. No trajeto até Coroa Vermelha encontramos as praias de Curuípe, Itacimirim, Mundaí, Taperapuã, a Ponta Grande, a praia do Mutá e a Ponta do Mutá, com as famosas barracas de praia da região, que constituem uma referência turística.

No mirante do loteamento Coroa Vermelha/Cabrália tem-se a vista panorâmica da vasta baía Cabrália, que se estende da Ponta de Coroa Vermelha até a Ponta de Santo Antônio, e que se caracteriza num dos mais belos cartões-postais do litoral baiano. Desse local é possível avistar o rio João de Tiba, a ilha Paraíso, o povoado de Santo André, os recifes Boqueirão, a sede do município de Santa Cruz Cabrália, as praias de Apuá, Arakakai, Lençóis, Mutari e o bairro Nova Cabrália.

Em Santa Cruz Cabrália, o acervo arquitetônico está localizado na parte alta da cidade, destacando-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (1630), a Casa de Câmara e Cadeia (século XVI) e o Colégio Jesuítico, construído na época da catequese indígena.

O rio João de Tiba, que banha grande parte da cidade, oferece a possibilidade de passeios, banhos, visita aos manguezais, às fazendas de piaçava e aos locais de produção de aguardente. Atravessando de balsa esse rio, na outra margem está o povoado de Santo André, com áreas de mangue, fazendas de coqueiros, restaurantes e pousadas, com destaque para os recifes Boqueirão, ponto de pesca e mergulho, na foz desse rio.

Em Santo André há uma enseada, com parte da praia voltada para o rio João de Tiba e a outra para o mar. É indicada para banho e pesca de rede. Também possui restaurantes com passarelas de madeira sobre o manguezal e comércio de artesanato de conchas do mar.

A ilha Paraíso, banhada pelo rio João de Tiba e pelo oceano Atlântico, é cercada de manguezais, tendo coqueirais no centro. É um bom local para pesca, banhos de rio e mar, caminhadas ecológicas pelos manguezais e pelo "lamarão" (praia de areia na maré baixa).

A partir das praias de Jacumã e Itacimirim (ou praia das Tartarugas), começam os recifes, que formam piscinas naturais, excelentes para banho, além das áreas de manguezal e uma extensa vegetação de restinga. A pesca e passeios a cavalo são opções de lazer.

O rio Santo Antônio também pode ser atravessado pela ponte, na rodovia BA-001. Além do banho, pode ser apreciada uma grande extensão de vegetação de mangue, bem como visitas às fazendas locais e à área da aldeia indígena de Mata Medonha, dos índios pataxós.

O povoado de Santo Antônio é bem simples, mas tem condições de hospedagem. Seguem as praias de Santo Antônio e das Bobocas (ou dos Golfinhos), margeadas por extensos coqueirais e áreas de Mata Atlântica, sendo que a praia do Golfinho é semideserta.

A barra do rio Guaiú deve ser atravessada de canoa, pois em seu curso final o rio segue paralelo à praia. Antes pode-se passar pelo povoado de Guaiú, situado ao longo da rodovia BA-001.

O fim da caminhada desse trecho é na praia de Guaiú, que oferece uma paisagem deslumbrante, ladeada de coqueirais. Essa praia é local de desova de tartarugas e hospeda as bases de trabalho do Projeto Amiga Tartaruga e da ONG Flora Brasil.

Autores: Geólogo Antônio José Dourado Rocha e
Geóloga Maria Angélica Barreto Ramos.


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janeiro 27, 2009

Turismo: Boa Vista - Roraima

Turismo: Boa Vista - Roraima

Boa Vista é a capital do Estado de Roraima. Fica localizada a 85 metros acima do nível do mar e possui clima quente e úmido, com duas estações climáticas bem definidas: chuvosa no período de maio a setembro, e seca nos sete meses restantes.

Boa Vista está situada em terrenos de altitude quase uniforme, localizados entre a Floresta Amazônica e as elevações do sistema das Guianas. A capital possui planejamento urbanístico em forma de leque. A distância de Boa Vista à Brasília é de 4.275 km. A cidade está interligada a Manaus, capital do Estado do Amazonas, pela rodovia BR 174 e a rodovia BR 401 estabelece sua ligação com Bonfim, na República Cooperativista da Guiana. Além desses acessos por via terrestre, sua ligação com as demais regiões do País são feitas por via aérea.

Entre os principais pontos turísticos de Boa Vista encontram-se o Museu da Casa do Índio, localizado no Parque Anauá, onde podem ser encontrados objetos, armas e vestimentas características dos indígenas da região; o Centro Histórico, com suas construções de 1830 que deram origem à cidade; e igrejas do mesmo século, construídas pela Ordem dos Monges Beneditinos. As praias situadas às margens dos rios que banham a cidade constituem-se outras atrações turísticas da capital.

No período da seca, o nível das águas do rio Branco diminui em toda a sua extensão, formando belas praias e atraindo os moradores. Muitos locais são de fácil acesso, como a praia da Água Boa, a apenas 15 km do centro da cidade. Na margem esquerda do rio Branco, a 6 km de Boa Vista, forma-se a ilha da Praia Grande - ilha de Cunhãpucã -, com 15 km de extensão, separada da terra firme por um braço do rio Branco, denominado Paraná do Surrão. Essa ilha de várzea possui praias e muitos lagos acessíveis através de caminhadas, onde se observa toda a magnitude da fauna e da flora da região.

Existem ainda as praias de Caçari, Curupira e Cauamé, que se formam no verão, às margens do rio Cauamé. São praias fluviais, com águas límpidas, cercadas por vegetação típica da Amazônia e área de camping, restaurante, infra-estrutura de apoio e serviços.

O turismo ecológico também pode ser praticado na região do baixo rio Branco e rio Negro, no limite sul da reserva indígena de Niquiá. Pode ser praticada pesca esportiva, realizadas caminhadas nas trilhas de selva e campos alagadiços da região e passeios aéreos e fluviais no rio Água Boa do Univini. O local possui infra-estrutura apropriada ao turismo ecológico, que inclui hospedagem, restaurantes e transporte.

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dezembro 28, 2008

Turismo: As Cavernas de Minas Gerais

Turismo: As Cavernas de Minas Gerais

O médico, botânico e zoólogo dinamarquês Peter Wilhelm Lund escolheu, em 1835, a pequena cidade de Lagoa Santa para viver os seus dias. Suas peregrinações pela região da bacia do Rio das Velhas, à procura de espécies animais e vegetais, fizeram com que ele encontrasse cavernas com segredos milenares.

Lund foi descobrindo um mundo debaixo da terra, repleto de magia, curiosidades e, sobretudo, beleza. Segundo especialistas seguidores de Lund, que se tornou o "pai" da paleontologia brasileira (ciência que estuda animais e vegetais fósseis), as cavernas ou grutas mineiras são do período pré-cambriano, o que significa que elas vêm se formando há 600 milhões de anos. Suas características, dizem também os estudiosos, se assemelham a formações profundas do mar.

Cavernas de Minas GeraisMais de 500 grutas já foram catalogadas em mais de 100 cidades mineiras. Os estudos científicos ainda são poucos diante desse mundo fabuloso. As grutas mais importantes são de rocha calcária e seus salões e galerias foram se formando durante milênios, pela ação da água. As dificuldades encontradas por Lund ainda são enfrentadas hoje por seus seguidores. Parece que a Natureza quer dizer ao Homem o que o geólogo Frederico Ozanam constatou: há um limite para que a desvendem.

Um limite que permitiu a Lund descobrir e estudar as Grutas de Lapinha e de Maquiné. Juntamente com a Gruta Rei do Mato (somente desvendada há pouco tempo), elas formam o tripé do que é permitido ao público conhecer. Nenhuma outra das centenas de grutas e cavernas de Minas Gerais pode ser aberta publicamente. Apenas cientistas as conhecem. E muitas são descobertas pelos depredadores da Natureza, aí se incluindo empresas metalúrgicas à procura de material para exploração e comercialização. Há casos de empresas que chegaram a destruir sítios paleontológicos em nome da atividade econômica.

Grupos científico-culturais lutam pela preservação e catalogação do que chamam de "Circuito das Grutas". E tudo fazem para cumprir o lema da espeleologia (ciência que explora e estuda as grutas), que diz: "Em uma caverna nada se tira, a não ser fotografias; nada se deixa, a não ser pegadas; e nada se mata, a não ser o tempo".

Recentemente, um grupo de cientistas do Governo brasileiro dedicou-se ao estudo e catalogação de cavernas na região de Sete Lagoas - Lagoa Santa. O "Inventário de Cavidades Naturais" da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) fez o levantamento, descrição e topografia de 218 novas cavernas, numa área de apenas 182 quilômetros quadrados. Na mesma região ja haviam sido catalogadas 81 grutas, o que forma um acervo de 299 cavernas.

Essas pesquisas fazem parte do chamado Projeto VIDA (Viabilidade Industrial e Defesa Ambiental). A região de Sete Lagoas - Lagoa Santa foi escolhida porque, vivendo um período intenso de desenvolvimento sócio-econômico, especialmente da atividade mineira, possui riquezas naturais e históricas, entre as quais se incluem grutas e sítios arqueológicos e paleontológicos.

A região fica ao Norte de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e engloba oito cidades, numa área de 1.890 quilômetros quadrados. O objetivo principal do projeto foi o de subsidiar os governantes desses municípios para o uso e ocupação do solo, indicando áreas onde o patrimônio espeleológico tem relevância, ou áreas cujas características possam oferecer riscos às diferentes iniciativas sócio-econômicas.

Nesse trabalho, os pesquisadores também estudaram os vários tipos de aves que habitam as proximidades das cavernas e os animais que, de alguma forma, fazem uso delas. Rolinhas, Fogo-Apagou, Papa-Capim, Sabiá-do-Campo, Risadinha, Bem-Te-Vi-Penacho-Vermelho e Beija-Flor-de-Orelha-Violeta são alguns dos nomes de aves catalogadas pela equipe da CPRM.

Entre as grutas exploradas pelos cientistas, há várias curiosidades registradas. Na Gruta da Jaguará I, por exemplo, não foi encontrado qualquer vestígio de presença humana. Ao contrário da Gruta do Portal, onde havia detritos orgânicos, muito lixo e pichações. Na Gruta Lapa da Caieira foram localizadas pinturas rupestres já ameaçadas por intensa depredação. Outras grutas, situadas em áreas de mineração, já sofrem influência direta dessas atividades.

O estudo revela, no entanto, a presença fantástica das formações geológicas. A Gruta Fina possui um salão intensamente ornamentado por estalactites (formas pontiagudas que saem do teto) e estalagmites (formas pontudas que saem do chão). O mesmo acontece na Gruta da Coruja. Já na Gruta das Conchas I foram encontrados vestígios paleontológicos (ossos e fragmentos de ossos incrustados). Na Gruta do Tombo os cientistas revelam terem encontrado superfícies cobertas por cristais de calcita facetados, formando um verdadeiro "chão de estrelas" de grande beleza.

Beleza. Esta é a palavra que sai da boca de todos aqueles que visitam as três grutas mineiras abertas ao público: Lapinha, Maquiné e Rei do Mato. A Gruta da Lapinha foi a primeira a ser descoberta por Lund e fica na cidade de Lagoa Santa, onde o cientista dinamarquês viveu até o ano de 1880. Ao descobrir Lapinha, ele afirmou: "Nunca os meus olhos viram coisa tão bela e magnífica nos domínios da Natureza e da Arte". O material coletado por Lund foi enviado para o Rei Christiano VIII da Dinamarca e se encontra no Museu de Copenhague.

Supostamente formada há cerca de 900 milhões de anos, na Lapinha foram encontrados importantes fósseis, como o crânio do Homem de Lagoa Santa, que teria vivido na região há dez mil anos. Também foram encontrados fósseis de animais pré-históricos como o tigre dente-de-sabre e o tatu-gigante.

Com 511 metros de extensão e 40 metros de profundidade, a Lapinha tem 16 salões fantásticos. No Salão da Catedral pode-se ver imagens formando santos, púlpitos e nichos. Há ainda a Sala das Pirâmides e a Galeria da Noiva, com formações que lembram o véu e o bolo de noiva. Outras formações lembram cascatas com intenso brilho.

A Gruta de Maquiné foi a segunda descoberta por Lund. Fica na cidade de Cordisburgo, a 130 quilômetros de Belo Horizonte, onde nasceu o escritor João Guimarães Rosa. São 650 metros de extensão, sendo 440 metros abertos ao público, distribuídos em seus salões. É espetacular. Os estalactites formam figuras de animais ou um cogumelo de bomba atômica. A Galeria das Fadas, onde cristais brilhantes formam franjas, grinaldas e lustres, é especial em sua delicadeza. A Gruta de Maquiné é a maior já descoberta em Minas Gerais e disponível para a visitação pública. Nela foram também encontradas pedras, ossadas humanas e restos de animais pré-historicos.

A mais nova das três é a Gruta Rei do Mato, aberta ao público apenas em 1989. Fica na cidade de Sete Lagoas, a 62 quilômetros de Belo Horizonte. São 998 metros de extensão, sendo que apenas 220 metros estão abertos ao público e se distribuem em três salões. Possui estalactites, estalagmites e cascatas de pedra com brilho de cristal. A Gruta Rei do Mato ainda é uma gruta que se diz "viva" porque continua se formando pela ação da água.

Em um dos salões há um lago suspenso chamado "Poço dos Desejos". O Salão das Raridades tem esse nome porque aí se encontram colunas idênticas, paralelas, formadas de cristais de Calcita, com diâmetro de 30 centímetros e mais de 20 metros de altura. Formações desse tipo somente foram encontradas na Gruta de Altamira, na Espanha.

A Gruta Rei do Mato tem esse nome porque ali teria vivido um homem fugidio, que recebia alimentação dos moradores em troca dos remédios de ervas que preparava. Chamavam-no de "Rei do Mato". Seu lugar de moradia era Grutinha, que fica próxima à entrada da Gruta Rei do Mato. Nela existem inscrições rupestres de quatro a seis mil anos de idade, representando cenas de caça e pesca, além de um ritual de fertilidade. Foi também montada alí uma réplica do esqueleto do "Xenorrinoterium bahiense", um animal que viveu na região há mais de 10.000 anos.

As três grutas mineiras abertas ao público têm infra-estrutura para alimentação, transporte fácil e guias que orientam os visitantes. A visitação é feita por escadas e corredores, e a iluminação é artificial. Não importa com que interesse se vai a uma gruta de Minas: se turístico ou científico. O olhar vai sempre encontrar um mundo de imensa beleza e magia.

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dezembro 18, 2008

Turismo: Ilha de Maracá - Roraima

Turismo: Ilha de Maracá - Roraima

Localizada 100 km ao norte da capital do Estado de Roraima (Boa Vista), no município de Alto Alegre, numa faixa de transição entre a selva Amazônica e o cerrado, a ilha de Maracá foi transformada em estação ecológica, abrangendo mais de 100.000 hectares de superfície.

O relevo de Maracá é basicamente plano, apresentando algumas elevações significativas no centro da ilha, onde o ponto culminante chega a 350 metros de altitude. O clima, tropical úmido, caracteriza-se pela existência de uma estação de chuvas entre abril e setembro, com temperatura média de 26 graus centígrados.

A Ilha de Maracá está coberta por florestas de terra firme, permeadas por algumas manchas isoladas de cerrados abertos e áreas alagadiças com vegetação característica, como os buritizais. Apresenta ainda várias configurações, sendo classificada como floresta mista. Sua principal praia, Boca do Inferno, de areias escuras, somente pode ser alcançada pela travessia de uma fenda natural, conhecida como Igarapé do Inferno, que divide a ilha em duas partes distintas.

A fauna da ilha é muito rica, incluindo espécimes supostamente ameaçadas de extinção, como a onça pintada (Panthera Onça), a anta (Tapirus Terrestris), a ariranha (Hydrochaeris Hydrochaeris) e o guariba (Alonatta Seniculus), entre outros.

Maracá, que é hoje uma reserva biológica resguardada, possui infra-estrutura que inclui alojamentos, laboratórios, biblioteca e refeitório para estudiosos e pesquisadores. É um local com legislação própria e a visitação depende de autorização do IBAMA.

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dezembro 04, 2008

Turismo: Maceió - Alagoas

Turismo: Maceió - Alagoas

Maceió baseia-se na atividade industrial, no comércio e no turismo. Além das praias, destacam-se entre os principais pontos de atração turística da cidade a Catedral de Nossa Senhora dos Prazeres, construída em 1840, o Teatro Deodoro e o Mercado Municipal, local onde podem ser encontrados artigos artesanais típicos da região. O Museu do Instituto Histórico constitui-se também uma das atrações da capital do Estado de Alagoas, juntamente com o Palácio Floriano Peixoto, sede do Governo estadual, e do Museu Pierre Chalita, que é a Galeria de Arte do Estado.

Nos arredores da cidade encontram-se algumas das mais lindas praias do litoral brasileiro. Em alguns locais as praias formam lagos a cerca de dois quilômetros do litoral, oferecendo oportunidades para banhos de mar relaxantes e passeios de jangadas, o meio de transporte utilizado para se chegar aos lagos. Nas proximidades das lagoas de Mundaú e Manguaba, na parte oeste da capital alagoana, há vilas de pescadores, entre as quais encontram-se centenas de canais navegáveis, onde são encontrados moluscos e crustáceos em grande quantidade.

Na porção sul de Maceió existem as praias da Avenida, a praia Sobral, as praias do Trapiche, do Pontal da Barra, todas com acesso a lagoas, além da praia do Francês, com uma pequena vila de pescadores, que recebeu este nome por causa dos inúmeros barcos franceses que ali aportaram para contrabandear madeira no século XVI.

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novembro 26, 2008

Turismo: Caldas Novas - Goiás

Turismo: Caldas Novas - Goiás

Caldas Novas é uma estância hidro-termal situada a sudeste de Goiânia, capital do Estado de Goiás, a 686 metros de altitude. A cidade atrai turistas durante o ano inteiro, em busca de benefícios terapêuticos oferecidos por suas águas, ou simplesmente em busca de descanso e lazer.Caldas Novas Goias

As fontes termais de Caldas Novas foram descobertas no século XVII pelos bandeirantes de São Paulo, que chegaram à região em busca de ouro. O povoado foi fundado em 1749, por ocasião da descoberta de jazidas de ouro no local.

A maior atração de Caldas Novas é o Balneário Municipal, onde a temperatura das águas de suas fontes varia entre 37º C e 42º C. Nas redondezas de Caldas Novas, a 7 km do centro da cidade, encontra-se a Lagoa Quente de Pirapetinga, cercada por florestas e áreas para camping, cujas águas alcançam as mais altas temperaturas da região.

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novembro 17, 2008

Turismo: João Pessoa

Turismo: João Pessoa

João Pessoa - a capital da Paraíba - foi fundada em 1585, com o nome de Filipéia de Nossa Senhora das Neves. João Pessoa é a terceira cidade mais antiga do Brasil, criada com o objetivo de apoiar a colonização do litoral norte da então colônia de Portugal. Graças à sua localização estratégica e ao solo fértil de suas redondezas, apropriado ao cultivo da cana-de-açúcar, a cidade prosperou, o que se reflete hoje na riqueza da arquitetura barroca ali existente.

Entre os principais atrativos da cidade encontram-se a Igreja de São Francisco, clássico exemplo da arquitetura franciscana no país; o convento de Santo Antônio, projetado em 1590 pelo arquiteto franciscano Francisco dos Anjos, cuja construção foi terminada em 1730; e o Monastério, cuja fachada é considerada uma das mais bonitas peças de arquitetura da América Latina, com ricas esculturas e azulejos decorados, além de trabalhos talhados em madeira no interior do templo, que refletem a influência da arte indígena. Existem ainda outros exemplos de arte sacra em capelas e igrejas por toda a cidade, entre os quais chamam a atenção a Capela Dourada, a Catedral, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, o Colégio dos Jesuítas, e o Museu de Arte Sacra.

No Parque Arruda Câmara, também conhecido como Parque da Bica, localizado na parte norte de João Pessoa, encontra-se uma fonte que data do século XVIII, muito procurada por turistas e visitantes. Outra importante atração da cidade é o Espaço Cultural, centro de convenções que recebe o nome do escritor brasileiro contemporâneo José Lins do Rego, originário da Paraíba, que nasceu em 1901, e morreu no ano de 1957. No Espaço Cultural existe uma biblioteca, um teatro, dois auditórios, um cinema, uma galeria de arte e um planetário.

As praias existentes nas cercanias da capital são muito apreciadas por turistas de todas as partes do País. Famosa por seus jangadeiros, a praia de Tambaú encontra-se situada 7 km a leste do centro da cidade. Ao norte, encontram-se as praias de Manaíra, do Bessa e do Poço. Ainda ao norte, a 25 km de João Pessoa, encontram-se o porto de Cabedelo, onde foi construído em 1589, e reconstruído de 1611 a 1622, o Forte Santa Catarina, localizado na praia da Ponta de Mato. Em direção ao sul, a 14 km de João Pessoa, encontra-se o ponto mais ocidental do continente americano, a Ponta do Seixas, localizada no Cabo Branco. No litoral sul, a 48 km da capital, fica a praia de Tambaba, onde é permitida a prática do naturalismo, em áreas turísticas familiares.

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